sexta-feira, 17 de junho de 2016

Um Amigo Poético, Um Vaga-Lume

     Ele era interessante, era calado, estiloso e misterioso. No começo ele era diferente, e diferentes me atraiam como um vaga-lume no meio da noite. Não teve jeito, me aproximei. E quer saber a verdade? Ele era realmente engraçado, e idiota na maioria do tempo. Vivia doente e sentia muito frio. Não gostava de subir escadas, era muito preguiçoso, e gostava de reclamar. Mas mesmo assim, era como um vaga-lume que dança pela manta fria da noite.
Tinha mais alguma coisa ali, eu sabia. Ele não gostava de ler, mas até que leu. Bukowski. Ah, ele gostou! E a luz do vaga-lume só aumentava. Então desistiu do curso e eu me mudei dali. 

Dois anos se passaram. 
Ele apareceu de novo, continuava engraçado, mas tinha mudado. Usava outro tipo de cabelo, deixou a barba crescer, estava trabalhando, estudando e namorando. Agora ele era poetar! Lia de tudo. Tinha um signo que não combinava com o meu, no entanto, gostava muito de conversar com ele, mesmo que só pelo computador. E computadores tem a mania de deixarem as coisas mais interessantes, misteriosas e divertidas. Eu era apenas eu. E ele contava piadas todo o tempo. Mas era poeta. E era realmente bom. Ele floresceu. 

Enquanto ele ria e contava piadas pelo chat, eu escutava música clássica e escrevia em meu blog. Mal sabia ele que era sobre um vaga-lume que resolveu virar poeta. Gosto de poetas e gostava dele.

Termino de escrever e sorrio.
A melhor sensação é quando você encontra bons amigos.
Não é verdade?



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