sábado, 13 de setembro de 2014

Como Morango&Queijo : Às Vezes 1+1 pode ser 1



Passei muito tempo olhando para a tela do notebook, pensando em como começar este texto. Rescrevi várias vezes, e chegue até desistir. Então voltei, porque achei que você merecesse mais esforços da minha parte. Portanto, decidi começar por onde todo mundo começa: pelo começo.
Lembra daquele dia? O dia que você se mostrou muito mais corajosa do que eu, e veio falar comigo. Lembra como eu parecia um bichinho do mato? Como eu não gostava de falar com ninguém? Pois é, você me mudou. E não me refiro a uma simples mudança, e sim a uma metamorfose completa. Você conseguiu me ajudar no momento mais estranho da minha vida. Quantos anos a gente tinha mesmo? Acho que eu tinha dez anos, e você, onze. Então lá estava você se mostrando toda prestativa e amiga, e nunca desistia de tentar falar comigo, mesmo eu não sendo nem um pouco receptiva. Sempre me perguntei do por que de você, que morava na outra rua, querer se tornar minha amiga. Eu era estranha. Bem, mesmo sem saber sua resposta, agradeço todos os dias por ter sido tão persistente. Valeu por não desistir.


Depois o tempo passou, a gente começou a fazer as coisas mais loucas possíveis. Lembra das nossas danças? Das nossas interpretações? Acho que ninguém no mundo era tão bom quanto a gente. Não podemos esquecer das revistas, e gibis. Compartilhávamos tudo. Não sei dizer ao certo quando foi que a gente deixou de ser  "eu e você" para virar "nós". Simplesmente, um dia aconteceu. Eu estava sempre ali por você, e você por mim... Eramos mais que amigas, e foi a primeira vez que tive uma amiga, irmã, e compartilhadora do mesmo espirito, tudo no mesmo pacote.


Os dias continuaram passando, fizemos até um juramento, lembra? Como era... "Amigas hoje, amanhã, e sempre." ,trocamos até colares... É engraçado como toda vez que penso em você, em tudo que representa na minha vida, começo a sorrir, deve ser esse carinho que a gente tem uma pela outra. Pois é, é raro achar amiga assim.


Ai chegou aquele dia, aquele que você foi embora, e me senti sozinha de novo. Com certeza um dos dias mais triste que já tive. Eu não conseguia nem sair mais de casa. Andar pelas ruas sem você, sem o que a gente representava, não fazia sentido. Foi tão de repente sabe? Num instante você não estava mais lá. Não era justo.


Mas a gente cresceu, e não tinha ninguém que pudesse nos separa. Eramos como morando e queijo: bons separados, mas maravilhosos juntos. Você era (e é) a única pessoa para quem eu sempre contava tudo, lances com garotos, lembra? Tínhamos códigos: "coxinha", por exemplo, (sei que você não gosta de lembrar disso, mas não o torna menos engraçado e significativo). 
   A questão é que hoje, estamos na faculdade (quem diria), cada uma seguindo seu rumo, em busca do nosso "Grande Talvez". Vários amores, corações partidos, amigos, inimigos, provas, cidade nova, moradia nova, mas nada mudou entre a gente. Não sei quanto a você, mas isso me da uma sensação de imortalidade, saber que mesmo com todas as nossas brigas, ainda estamos aqui e daqui não sairemos.


Obrigada por isso, por ser quem é, por estar comigo e acreditar em mim. O que temos vou levar para sempre comigo, como se você fosse um casaco velho, aquele que fica jogado no fundo do guarda roupa e você não consegue se livrar dele porque é simplesmente o melhor. Pois é, você é simplesmente a melhor. Com certeza somos mais que amigas, mais que irmãs, somos a prova viva que às vezes 1+1 pode ser 1.


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